segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Adolfo Bécquer - XI

Escuta,eu sou ardente e sou morena,
Sou tal e qual o emblema da paixão;
De ânsias de gozos minh'alma é plena.
Não me procuras? _Não te quero;não.
Tenho pálido o rosto e as tranças de ouro;
Posso te oferecer ditas sem fim;
Possuo de ternuras um tesouro.
Não me chamas? _Chamei,mas não a ti.
Eu sou sonho,eu sou um impossível,
Fantasma vão feito de névoa e luz;
Tanto incorpórea sou como inatingível;
Não poderei amar-te. _Oh!Vem;vem tu!

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